#162 - Sulfato no Sal Rosa

O objetivo desta postagem é mostrar o ensaio para detectar a presença do íon sulfato no sal rosa do Himalaia.

Escrito e desenvolvido por Léo Corradini



Embora, do ponto de vista nutricional, o íon sulfato seja importante para a síntese de muitos compostos contendo enxofre e estar presente em vários alimentos, a principal fonte de sulfato inorgânico para os seres humanos é a partir de biodegradação devido à renovação da proteína corporal, em particular dos aminoácidos metionina e cisteína.

Os requisitos de sulfato são assim satisfeitos quando as ingestões incluem níveis recomendados de aminoácidos que contém o enxofre.
Por esta razão, não é estabelecida uma ingestão adequada de sulfato para outras fontes.

De fato, a ingestão excessiva do íon sulfato pode causar diarreia.
Aliás, o Sulfato de Magnésio (sal amargo) e o Sulfato de Sódio (Sal de Glauber) podem ser usados como laxantes.

A água do mar tem uma quantidade relativamente grande do íon sulfato. 

Quantidade dos principais íons presentes na água do mar (mg/L):

Cloro............18980
Sódio............10556
Sulfato...........2649
Magnésio.......1262
Cálcio.............400
Potássio..........380

Mas, nas salinas, durante o processo de secagem do sal, ele acaba se separando na cristalização do cloreto do sódio.

Teoria do ensaio:

O íon de bário reage com o íon sulfato produzindo sulfato de bário insolúvel.
Uma reação clássica que permite a fácil visualização do precipitado branco formado.

Reagentes usados:

- Solução de um grama de Cloreto de Bário em 30 mL de água destilada.



- Solução filtrada de um grama de sal comum em 3 mL de água destilada.

- Solução filtrada de um grama de sal rosa em 3 mL de água destilada.

- Finalmente, 3 mL de água do mar também filtrada.

Procedimento:

Foram usadas três caixinhas rasas de acrílico transparente em um fundo escuro para facilitar a visualização do precipitado.
Cada caixa recebeu 3 mL das três amostras testadas, ou seja, sal comum, sal rosa e água do mar e três gotas cada da solução de cloreto de bário.
Usei soluções praticamente saturadas de sal comum e sal rosa para aumentar a sensibilidade do ensaio.

Resultados:

Como esperado, a água do mar, apesar de ter menor quantidade de sal que as outras duas amostras, mostrou a maior quantidade de precipitado e portanto, a maior quantidade de íon sulfato.



A amostra de sal rosa também mostrou algum precipitado, demonstrando a presença do íon sulfato.

Não foi possível detectar o íon sulfato na amostra de sal comum.
Esse resultado também é previsível porque os cristais de cloreto de sódio são lavados antes de serem triturados, diminuindo ainda mais a contaminação por outros íons.

Conclusões:

O ensaio foi suficientemente sensível para detectar o íon sulfato no sal rosa e na água do mar.

Acredito que se a pessoa for muito sensível ao íon sulfato deverá evitar o sal rosa.

Adendo:

Outro ensaio confirmou a presença do íon sulfato no sal rosa.

Solução de referência com 50mg de sulfato de amônio em 10mL de água destilada.

Este ensaio deu negativo para o sulfato na flor de sal. 



Veja também:

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