#151 - Radioatividade na tela do Smartphone #2
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O objetivo deste segundo ensaio é detectar radioatividade na tela do smartphone desligado usando a válvula Geiger-Müller SBM-20.
Escrito e desenvolvido por Léo Corradini
Teoria do ensaio:
O touchscreen tipo capacitivo do smartphone usa um material condutor e transparente composto por óxido de índio dopado com estanho.
O metal índio é composto por dois isótopos:
- Índio-113 - 4,28% - estável
- Índio-115 - 95,72% - radioativo
Emite radiação Beta com meia-vida de 4,41 × 10^14 anos transformando-se em Estanho-115 estável.
No primeiro ensaio usei a válvula Geiger-Müller LND-712:
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-na-tela-do-smartphone.html
Ensaios:
Foram feitos cinco ensaios, sendo três da radiação de fundo (1), e dois da tela de um smartphone.
As medidas da radioatividade foram feitas usando um contador Geiger (2) com um totalizador de pulsos que permite medir valores baixos de radioatividade, fazendo amostragens de longa duração (24 horas).
Valores da radiação:
- Primeira amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1442 minutos e resultou a contagem de 34961 pulsos, portanto 24,24 CPM (Contagens Por Minuto).
- Segunda amostragem, tela do smartphone.
A duração do ensaio foi de 1445 minutos e resultou a contagem de 38094 pulsos, portanto 26,36 CPM.
- Terceira amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 35044 pulsos, portanto 24,34 CPM.
- Quarta amostragem, tela do smartphone.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 38534 pulsos, portanto 26,76 CPM.
- Quinta amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 35274 pulsos, portanto 24,50 CPM.
Conclusões:
Como aconteceu no primeiro ensaio, ficou evidente que os valores da radiação da tela são maiores que os da radiação de fundo, demonstrando que temos realmente um material radioativo nesse conjunto.
É preciso deixar claro que essa radiação é muito fraca e não vai afetar os tecidos da pele.
Pelos valores obtidos, podemos ver que a radiação de fundo é muito maior que a gerada na tela.
Quando fiz o primeiro ensaio, suspeitava que o metal índio presente na tela fosse o responsável pela radioatividade detectada.
Mas, fiz ensaios usando amostras puras do metal índio e os resultados demonstraram que a radioatividade desse metal é muito fraca para ser detectada.
Veja os ensaios do metal índio:
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-do-metal-indio.html
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-do-metal-indio-segundo.html
Então, a radioatividade detectada deve ser causada por outro elemento.
Suspeito que o responsável é o nosso velho amigo, o Potássio.
As telas de vidro dos smartphones são feitas com o "Gorilla Glass" onde os íons de sódio são trocados pelos íons de potássio.
(1) A radiação de fundo é o resultado da radioatividade natural do ambiente, ela é composta basicamente pela radiação do radônio e carbono-14 presentes na atmosfera, também por múons produzidos na alta atmosfera e outros elementos radioativos que contaminam todos os materiais a nossa volta.
(2) Veja o projeto do contador Geiger para baixos níveis de radioatividade:
https://potassio-40.blogspot.com/2019/09/contador-geiger-para-baixos-niveis-de.html
Veja também:
Poeira Radioativa
https://potassio-40.blogspot.com.br/2018/05/poeira-radioativa.html
Granito radioativo
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/uma-das-formas-que-desenvolvi-para.html
Radônio e a poeira radioativa
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/este-e-um-dos-meus-experimentos.html
A radioatividade do granito
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/a-radioatividade-do-granito.html
Contador Geiger-Müller
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/contador-geiger-muller.html
O objetivo deste segundo ensaio é detectar radioatividade na tela do smartphone desligado usando a válvula Geiger-Müller SBM-20.
Escrito e desenvolvido por Léo Corradini
Teoria do ensaio:
O touchscreen tipo capacitivo do smartphone usa um material condutor e transparente composto por óxido de índio dopado com estanho.
O metal índio é composto por dois isótopos:
- Índio-113 - 4,28% - estável
- Índio-115 - 95,72% - radioativo
Emite radiação Beta com meia-vida de 4,41 × 10^14 anos transformando-se em Estanho-115 estável.
No primeiro ensaio usei a válvula Geiger-Müller LND-712:
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-na-tela-do-smartphone.html
Ensaios:
Foram feitos cinco ensaios, sendo três da radiação de fundo (1), e dois da tela de um smartphone.
As medidas da radioatividade foram feitas usando um contador Geiger (2) com um totalizador de pulsos que permite medir valores baixos de radioatividade, fazendo amostragens de longa duração (24 horas).
Valores da radiação:
- Primeira amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1442 minutos e resultou a contagem de 34961 pulsos, portanto 24,24 CPM (Contagens Por Minuto).
- Segunda amostragem, tela do smartphone.
A duração do ensaio foi de 1445 minutos e resultou a contagem de 38094 pulsos, portanto 26,36 CPM.
- Terceira amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 35044 pulsos, portanto 24,34 CPM.
- Quarta amostragem, tela do smartphone.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 38534 pulsos, portanto 26,76 CPM.
- Quinta amostragem, radiação de fundo.
A duração do ensaio foi de 1440 minutos e resultou a contagem de 35274 pulsos, portanto 24,50 CPM.
Conclusões:
Como aconteceu no primeiro ensaio, ficou evidente que os valores da radiação da tela são maiores que os da radiação de fundo, demonstrando que temos realmente um material radioativo nesse conjunto.
É preciso deixar claro que essa radiação é muito fraca e não vai afetar os tecidos da pele.
Pelos valores obtidos, podemos ver que a radiação de fundo é muito maior que a gerada na tela.
Quando fiz o primeiro ensaio, suspeitava que o metal índio presente na tela fosse o responsável pela radioatividade detectada.
Mas, fiz ensaios usando amostras puras do metal índio e os resultados demonstraram que a radioatividade desse metal é muito fraca para ser detectada.
Veja os ensaios do metal índio:
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-do-metal-indio.html
https://potassio-40.blogspot.com/2018/06/radioatividade-do-metal-indio-segundo.html
Então, a radioatividade detectada deve ser causada por outro elemento.
Suspeito que o responsável é o nosso velho amigo, o Potássio.
As telas de vidro dos smartphones são feitas com o "Gorilla Glass" onde os íons de sódio são trocados pelos íons de potássio.
(1) A radiação de fundo é o resultado da radioatividade natural do ambiente, ela é composta basicamente pela radiação do radônio e carbono-14 presentes na atmosfera, também por múons produzidos na alta atmosfera e outros elementos radioativos que contaminam todos os materiais a nossa volta.
(2) Veja o projeto do contador Geiger para baixos níveis de radioatividade:
https://potassio-40.blogspot.com/2019/09/contador-geiger-para-baixos-niveis-de.html
Veja também:
Poeira Radioativa
https://potassio-40.blogspot.com.br/2018/05/poeira-radioativa.html
Granito radioativo
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/uma-das-formas-que-desenvolvi-para.html
Radônio e a poeira radioativa
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/este-e-um-dos-meus-experimentos.html
A radioatividade do granito
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/a-radioatividade-do-granito.html
Contador Geiger-Müller
https://potassio-40.blogspot.com.br/2017/11/contador-geiger-muller.html
Interessante análise!
ResponderExcluirSeria interessante ver também a análise realizada somente no display, sem o celular por baixo, pois no celular há outros componentes que podem ter elementos radioativos, como os capacitores SMD, que contém traços de cobalto, estrôncio, paládio e tântalo, que também possuem isótopos radioativos.
Excelente sugestão Miguel, vou providenciar !
ExcluirLembrando também que a própria placa de circuito impresso leva paládio no processo de metalização dos furos.
ResponderExcluirPra detectar a fonte da fraca radiação talvez fosse interessante testar também uma placa de circuito impresso já processada (com os furos metalizados) mas sem componentes montados.
Talvez uma placa dupla-face de algum kit eletrônico ainda sem montar.
Excelente Luciano, farei os testes !
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